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Bye bye Ford, uma paródia de despedida

Por Henrique Koifman - publicado originalmente no blog da Rebimboca no Globo

Motivado pela decisão da montadora de abandonar a produção de automóveis em nosso país, compus – e com o perdão de vossos ouvidos, interpreto – a paródia que você assiste no vídeo acima. Nela, relato o acontecido e menciono alguns modelos históricos da marca norte americana – que começou a montar carros no Brasil desde 1919 – que marcaram as nossas vidas (ou pelo menos a minha e que ilustram este post). A nova letra foi arranjada sobre a melodia do clássico pop dos anos 1950 Bye bye love, dos Everly Brothers, conterrâneos da Ford.


O fato que motivou a canção


Há cerca de 20 dias, a montadora Ford anunciou que estava encerrando a produção de automóveis no Brasil – e, com isso, fechando suas fábricas por aqui. Na verdade, esse processo havia começado em 2019, quando a montadora parou de produzir caminhões e comunicou que venderia sua histórica unidade de São Bernardo do Campo (SP). Agora, são as instalações da marca em Taubaté (SP, de motores) e Camaçari (BA, carros) que estão sendo fechadas – além da pequena linha de montagem do 4×4 Troler, em Horizonte, no Ceará.


Os consumidores – especialmente os que compraram recentemente os modelos Ecosport, Ka e Ka Sedan, até então em produção e razoavelmente bem colocados no mercado –, que descobriram de um dia para outro que seus carros da marca haviam se desvalorizado sensivelmente, foram prejudicados, claro. Mas o pior prejuízo – na minha opinião, pelo menos – ficou com os mais de 5 mil funcionários que já estão sendo dispensados (na foto acima, os empregados da unidade de Taubaté, comemorando um marco de produção).


Da paródia lá em cima, sou o autor da letra e, também, quem canta a primeira voz. Arranjo, violão, segunda voz, produção e infinita paciência são do Daniel Koifman.


Não vou entrar em análises mais profundas sobre causas e/ou motivos para a debandada da Ford – até porque muitos colegas já fizeram isso com competência, inclusive no Globo (onde este post saiu originalmente). A montadora já ameaçara sair nos daqui na segunda metade dos anos 1980 – e contornou a situação formando uma efêmera parceria para compartilhar modelos, motores e instalações com a Volkswagen na Autolatina (1987-96).



E, embora haja quem diga que a partida, agora, está relacionada com uma certa “incompatibilidade de futuros”, entre a empresa e o Brasil, prefiro deixar a gentileza de lado e usar uma sábia expressão atribuída aos comerciantes portugueses que aqui se instalaram e prosperaram e que aprendi com meu pai: quem não tem competência, não se estabelece.

Bye bye Ford.







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