Apropriadamente motorizada
Assim como a definição do traje certo para cada ocasião, os ricos anos 1950 consagraram regras sociais e estéticas para o uso dos automóveis nos EUA. Não propriamente o que fazer ou não com o carro – até porque, naqueles tempos (e ainda hoje, na maior parte do país), se fazia quase tudo motorizado, das compras ao cinema (drive-in), da locomoção diária a passeios e viagens. Para cada tipo de lugar (e seu extrato social correspondente), havia um padrão de preço e de atualização automotiva mínimos para ingresso. Quanto mais chique, maiores e mais sofisticados os modelos a ponto de, nos clubes mais sofisticados, praticamente só serem vistos carros com o mesmo ano-modelo que constasse nos calendários. Trocava-se de automóvel como de roupa, a cada nova estação. O Chevrolet Hardtop deste anúncio, com a bela moça indo ao encontro de seu consorte (marido ou noivo?) oferecia-se como opção apropriada à aristocrática cena.