Para baterias friorentas, o melhor remédio é uma chupeta
- Henrique Koifman
- 27 de jun.
- 2 min de leitura
Por Henrique Koifman

Você vai ligar o carro de manhã, ele faz ron, ron, ron... e nada. A bateria descarregou e parece não ter força suficiente para fazer o motor começar a funcionar. Aposto que, depois de ler esta frase, você se lembrou de um certo fim de semana na serra, daquele dia frio em que chegou atrasado no trabalho ou de algum episódio desse tipo. Pois é, o inverno chegou e, mesmo no tropical Rio de Janeiro, esse é um probleminha bem comum, especialmente em carros com baterias já mais usadas, tem uns três anos ou mais de uso.
Isso geralmente acontece porque, com a temperatura mais baixa do inverno, as reações químicas dentro da bateria, responsáveis pelo fornecimento de energia, ficam mais lentas e acontecem de forma menos intensa. Além disso, com o frio, o óleo do motor do carro fica mais viscoso (denso) e o mecanismo fica um pouco mais pesado para girar, exigindo maior esforço. E para complicar, o início do ciclo de explosões do combustível no motor, especialmente com o etanol no tanque, também é mais demorado e exige um esforço maior e mais prolongado da bateria, fazendo o arranque girar por mais tempo.
Daí que, quando a bateria já não está mais na “plenitude” de sua vida útil, as chances para que peça aposentadoria justo num dia frio, num daqueles momentos em que você esteja contando com ela, é sempre muito maior.
Antigamente, a gente contornava esse problema empurrando o carro para fazer o motor pegar “no tranco”. Com a chave na ignição na posição ligada, alguém empurrava o carro até ganhar uma pequena velocidade, quando o motorista engrenava uma segunda marcha e soltava a embreagem. O movimento das rodas fazia o motor girar e, geralmente, isso era suficiente para fazê-lo funcionar.
Mas nos modelos com câmbio automático, que hoje já são até maioria, isso simplesmente não funciona. E mesmo nos outros, com câmbio manual, por causa dos sistemas eletrônicos, como a injeção, não é recomendável dar esse tranco, pois o prejuízo pode ser grande.

O melhor remédio, então, é ter um cabo extra (como o da foto na abertura) para ligar a bateria cansada do seu carro a outra, mais saudável, de outro veículo, fazendo o que os mais experientes chamam de chupeta (como na ilustração acima). E aí é só dar a partida. Depois, claro, logo que possível, trate de trocar a bateria por uma nova e com as mesmas especificações descritas no manual.
Esse heroico cabo de chupeta custa uns R$ 50 e é o tipo de coisa que vale a pena ter sempre no porta-malas, tanto para uma emergência sua, como para poder ajudar os outros. Mas é preciso tomar alguns cuidados para usá-lo. O principal é respeitar a indicação dos polos das baterias, ligando os positivos e negativos a seus correspondentes na bateria do outro carro. Para isso, esses cabos vêm sempre com indicações de cor, nos fios e, às vezes, também nas garrinhas de suas pontas.
Fotos: divulgação internet e arte sobre fotos de divulgação.

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