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VW Blindado de fábrica
Montadora passa a oferecer proteção como opcional para alguns de seus modelos, mantendo a garantia original
Por Henrique Koifman – foto de divulgação
A Volkswagen está lançando um novo item opcional para seus modelos Polo, Virtus, Saveiro, Nivus, T-Cross, Taos, Tiguan, Amarok, Jetta GLI, ID.4 e ID. Buzz, a blindagem – ou seja, a proteção contra tiros com classificação nível III-A, que é o nível de proteção balística mais alto permitido para veículos civis no Brasil. Com custo a partir de R$ 64 mil – valor pedido para blindar a picape leve Saveiro –, a blindagem pode ser adquirida no momento da compra do modelo 0 km, na própria concessionária, e a instalação é prevista para ser feita num prazo de 40 dias. A opção também estará disponível para veículos contratados pelo serviço de assinatura Sign & Drive da marca.
A VW não é a primeira a oferecer opcionalmente modelos blindados aqui no Brasil. A novidade é que esse tipo de recurso, normalmente, era exclusividade de marcas importadas mais caras – como BMW, Mercedes e Volvo, entre outras, que credenciam blindadoras certificadas para atender a compradores de seus modelos, mantendo a garantia desses carros. No caso da Volks, além de manter a garantia normal dos veículos, a Blindagem Vale+ (nome do novo serviço) garante também o serviço de proteção e seus componentes – dez anos para as peças opacas (forrações, reforços etc.) e seis anos para os vidros, contra a delaminação – e ainda cuida de acompanhar o processo, prazos e os trâmites necessários.
A parte chata disso tudo é perceber que, se até a Volkswagen, que vende carros em larga escala, está oferecendo blindagem garantida, a demanda por esse tipo de proteção é grande o suficiente para fazer valer a pena. E é. O Brasil é hoje o país com a maior frota de automóveis civis blindados do mundo. E esse mercado não para de crescer, há um bom tempo já.
Vale lembrar, também, que para que a blindagem funcione como um reforço na segurança de motorista e passageiros, é preciso que esse motorista saiba como se valer dela. Além do peso maior que os automóveis blindados têm em relação aos não protegidos – que tem impacto direto em seu comportamento e performance –, o condutor precisa ter boas noções de direção defensiva e, também, saber quando essa proteção é ou não eficiente. Sim, hoje, há tipos de armamentos, como fuzis, nas mãos de criminosos cujas balas são capazes de ultrapassar a blindagem permitida aos civis. E, nesse caso, o melhor a fazer é não reagir, mas até para isso, há melhores procedimentos a seguir.
O melhor, claro, seria não precisarmos de nada disso.
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