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Óleo especial para carros híbridos faz sentido?

Lubrax lança linha de lubrificantes para veículos que combinam motores a combustão e elétricos


Por Henrique Koifman

As vendas dos carros ditos eletrificados – elétricos e híbridos – no Brasil vêm crescendo num ritmo digno da aceleração proporcionada pelos propulsores a elétrons. Tudo bem que, por enquanto, isso representa hoje 3,5% do mercado e que os modelos com essa configuração são – por enquanto – os mais caros das linhas, mas esse percentual tem subido em pelo menos 30% ao ano. De olho nesse crescimento, fabricantes de lubrificantes vêm lançando novos produtos, destinados especificamente a esse tipo de “base mecânica”. Mobil, YPF e Petronas já oferecem óleos assim e, agora, a Vibra – ex-BR Distribuidora – lança a sua linha, a Lubrax Supera Premium.


Daí o leitor que entende um pouco – mas nem tanto assim – de mecânica pode estar se perguntando: mas se os motores a combustão dos carros híbridos não são iguais aos outros, pra quê um lubrificante especial? Seria puro marketing para poder cobrar um pouco mais pela mesma coisa?


Confesso que essa mesma dúvida foi a minha primeira reação em relação ao assunto, há alguns anos, quando recebi o release falando do primeiro desses produtos vendidos aqui no Brasil – e do qual, me perdoem, não me recordo a marca. Mas me apresso em responder que sim, pode fazer sentido usar um óleo específico para híbridos.


Porque, afinal, usar óleo lubrificante para motor de carro híbrido?



Segundo os especialistas da Vibra, o primeiro motivo é que, por alternarem os dois tipos de propulsão, os híbridos rodam quase o tempo todo com o motor em temperaturas mais baixas. E isso implica uma série de coisas, como por exemplo, a não evaporação da pequena quantidade de água que costuma circular no motor, misturada ao combustível. Nos motores que rodam sempre quentões, essa água some rapidinho, mas nos que se mantém mais frios, ela permanece, se deposita no reservatório de óleo (cárter) e pode acabar provocando corrosão aqui e ali e má lubrificação também. A formulação dos novos produtos leva isso em conta e age para diminuir esse problema.


O segundo é que, tal qual nos veículos que utilizam o sistema start-stop, o motor a combustão dos híbridos é ligado e desligado seguidas vezes. E é justamente o momento em que o motor é iniciado o que potencialmente maior desgaste pode provocar aos seus componentes e, com o motor frio, a coisa se agrava. Sem entrar muito nas entranhas da coisa, quando o motor é desligado, o óleo lubrificante escorre para as suas partes baixas (ops!), deixando o que fica mais em cima – como o cabeçote, seu(s) eixo(s) de comando e válvulas – mais expostos ao atrito. Novamente, depois de pesquisar bastante e testar uma série de fórmulas, o pessoal da Vibra garante que obteve um produto mais eficiente na proteção desses componentes.


Então esse lubrificante para híbrido também pode ser melhor para carros com start-stop? – pergunta novamente aquele leitor do parágrafo lá de cima. Mais ou menos, respondo, no mínimo, mal não faz. Embora até exista lubrificante com essa indicação no mercado, a diferença é que, como mencionei, nos híbridos, o motor costuma funcionar em temperaturas mais baixas, pois deixa de trabalhar por alguns períodos. No caso dos modelos só a combustão com start-stop, isso não acontece e o motor atinge e mantém a temperatura adequada mais facilmente, para a qual os bons lubrificantes comuns foram desenvolvidos.



Sobre a nova linha de óleos da Lubrax, eles têm base sintética e é oferecida nas viscosidades 0W-20 e 5W-30, e, segundo os técnicos da empresa, foi desenvolvida ao longo de 15 mil horas de pesquisas e testes em seus laboratórios, aqui no Brasil – que fica em sua fábrica, aqui no Estado do Rio e onde fiz algumas das fotos deste post – e nos EUA, sendo depois aprovada pelas montadoras.


Laboratório da Vibra - Foto de divulgação




Embora tenha sido desenvolvido especialmente para os veículos híbridos, o Lubrax Supera Premium também é recomendado para motores automotivos movidos a gasolina, etanol, flex e GNV. Em notação técnica, suas especificações são: API SP-RC e ILSAC GF-6A; GM6094A e GM 4718M; Ford WSS-M2C947-A e Ford WSS-M2C962-A1; Chrysler MS-6395.




Produção em expansão


A Vibra é o resultado da abertura de capital da antiga Petrobras Distribuidora e hoje é controlada por capital privado. Líder no segmento de venda de combustíveis, ela detém a licença de uso da marca Petrobras e conta com uma rede com 8,3 mil postos de combustíveis, sendo a única presente em todos as regiões brasileiras. Com presença crescente também em outros países da América Latina, a empresa está reformando e aumentando expressivamente a capacidade de produção de sua fábrica, em Duque de Caxias (RJ, que você conhece um pouco por essas fotos) para “azeitar” uma almejada expansão no campo dos lubrificantes.




Fotos Henrique Koifman e creative commons

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