Dois mil e vinte e três com carros em preto e branco

Por Henrique Koifman

Uma história conhecida, lá do início da indústria automobilística, conta que, depois de lançar e fabricar seu Modelo T (foto) por alguns anos (entre 1908 e 1914) com algumas opções de pintura (para sua carroceria, Henry Ford decidiu simplificar e agilizar ainda mais a produção e passou a vendê-lo apenas em uma delas. “Você pode escolher seu Modelo T na cor que quiser, desde que seja preto”, teria dito o controverso (e mais conhecido por seu racismo que por tiradas bem-humoradas) personagem. Em 1925, já totalmente defasado, o carro voltou a ser vendido também nas cores azul, cinza, vermelho ou verde.

Me lembrei dessa passagem (que, adianto, é real, o que pode ser confirmado na página oficial da montadora norte-americana aqui) quando dei uma olhada no levantamento feito pela plataforma Webmotors Autoinsights em relação às, digamos, preferências cromáticas de nosso mercado para carros novos em 2023. Se até algum tempo, os carros prateados eram os mais procurados, hoje, a paleta de cores mais buscada é um pouco diferente.

Sem mais delongas, vamos ao resultado do levantamento, em ordem crescente das cores de acordo com a preferência dos compradores de carros zero km:

10º – roxa

9º – amarela

8º – laranja

7º – verde

6º – vermelha

5º – azul

4º – prata

3º – cinza

2º – branca

1º – preta

Sim, em primeiro lugar está o “pretinho básico”, cor que nunca sai de moda entre os estilistas de roupas e que costuma ser associada à elegância. Denotaria essa preferência uma sobriedade maior dos compradores? Deixo essa e outras conclusões para o pessoal psi.