Perigosa (e linda) perua
- Henrique Koifman
- 15 de abr.
- 2 min de leitura
Audi traz para o Brasil 10 das 660 unidades da série especial RS6 Avant GT
Por Alexandre Kacelnik – fotos de divulgação

Dez das 660 unidades da série especial da perua Audi RS6 virão para o Brasil. Com o mesmo V8 biturbo 4.0 que entrega 630 cavalos de potência e 83kgfm de torque da versão normal, a Performance, a Avant GT se diferencia no visual por spoilers, difusores e para-choques exclusivos, e novas rodas de 22 polegadas. Capô, para-lamas e saias laterais são de fibra de carbono, além de uma nova asa traseira dupla e uma série de outros detalhes exclusivos. O carro vem na cor Arkona White, com grafismos nas cores da divisão Audi Sport: preto, cinza e vermelho.

Mas talvez o que justifique a ainda não divulgada diferença de preço para a versão Performance, que custa cerca de 1,2 milhão de reais, é a numeração da série especial (0 a 660) no console central – algo que já a torna colecionável “de berço”.
O desempenho é de superesportivo: 0 a 100km/h em 3,3 segundos e 305 km/h de velocidade máxima, ainda mais impressionante para um carro de mais de duas toneladas. E para quem vai ao supermercado ou passar o fim de semana na casa de praia/campo com a perua, o porta-malas tem capacidade de 545 litros.

Para se ter uma comparação de mercado que sempre é feita, mas aparentemente não afeta muito quem compra esse tipo de carro, pois os dois têm fila de espera, uma SUV Lamborghini Urus, também com o V8 biturbo do Grupo Volkswagen, tem números praticamente iguais de potência e performance e custa pelo menos o triplo.

E para ressaltar a tradição da marca alemã em peruas, e evocando os merecidamente comemorados (em 2024) 30 anos de Audi no Brasil, lembramos de dois modelos dos primórdios: a perua Audi S4 1993 (na foto acima) que rodava com o dono da Senna Import, o Ayrton, tinha motor V8 2.8, câmbio manual e 6 marchas e 280 cavalos de potência. E a Audi RS2, “a perua mais rápida do mundo”, que tinha motor 2.2 turbo retrabalhado em parceria com a Porsche, 315 cavalos, ia de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos e alcançava 262 km/h. Chegou ao Brasil em 1995, um ano após a morte de Ayrton Senna.
Vale mencionar que outro grande piloto brasileiro que correu na Fórmula 1 – e que hoje disputa a Stock Car Pro Series – é também um entusiasta das versões apimentadas dessa perua Audi. Rubens Barrichello já teve na garagem, em sequência, três delas, todas RS6, como carros de uso diário – a última, trocada há uns dois anos por um SUV.
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