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Holidays é a nova casa sobre rodas da Citroën

Por Henrique Koifman







A ideia de se adaptar um automóvel para usá-lo como “casa” em viagens de lazer nasceu praticamente junto com os carros e deu origem a diferentes soluções. Uma delas – das mais populares – são as chamadas camper vans (na tradução literal, vans para acampamento), que aproveitam o espaço generoso das vans e furgões compactos para montar um, digamos, apartamento conjugado – ou “studio”, na versão da moda – sobre rodas. O Citroën Holidays na foto acima (e em algumas mais adiante), se encaixa nessa categoria, Ele será apresentado pela montadora francesa na CMT Stuttgart – feira especializada em lazer e viagens (conheça aqui o evento) <https://www.neventum.com.br/feiras/cmt-stuttgart-0>, que acontece entre os dias 13 e 21 deste mês de janeiro na Alemanha e estará a venda já no início da primavera europeia, no final de março, nas concessionárias da marca, ainda sem preço divulgado.


Seguindo a receita padrão das camper vans, o Holidays é derivado do recentemente renovado SpaceTourer, furgão utilitário da Citroën e que compartilha sua plataforma com modelos de outras marcas do grupo Stellantis, a Peugeot e a Fiat. Originalmente, a van pode ser equipada com alguns motores, entre os quais um 2.0 turbodiesel de quatro cilindros e até 170 cv de potência, ou ter propulsão 100% elétrica – a marca não informa qual será exatamente a mecânica desta nova versão. Para produzir o novo carro-casa, a Citroën fez uma parceria com uma empresa especializada neste tipo de conversão, a Bravia Mobil.





No site francês, aliás, é mostrado um outro Citroën Holidays conceitual (abaixo), visualmente inspirado no clássico utilitário H1, com painéis corrugados na lataria (veja o H1 original, que foi produzido entre 1947 e 1981, ao lado). Muito bacana.









Voltando ao modelo que efetivamente está sendo lançado, segundo o material de divulgação, ele foi projetado para permitir “uma experiência de viagem confortável e sem restrições”, com acomodações para até quatro pessoas dormirem. Além das camas, a mobília inclui cozinha, mesa removível, teto retrátil, e assentos dianteiros giratórios, entre outros detalhes (abaixo).




E, por seu porte de van média – tem apenas 4,98m de comprimento e 1,99 de altura –, leva uma grande vantagem sobre os motorhomes – que, construídos sobre plataformas de veículos maiores (geralmente, de pequenos caminhões a ônibus), costumam ser difíceis de se conduzir e estacionar dentro das cidades, chegando a ser até proibidos de circular em muitas delas.



Para viajar – e se hospedar – com estilo




Como mencionei lá na abertura deste post, carros adaptados para servirem, ao mesmo tempo, de transporte e de abrigo remontam a própria história do automóvel. Mas, ao longo dos tempos alguns deles se tornaram ícones do gênero, a começar pela Kombi, da Volkswagen (ao lado) – que passou a ser convertida a partir dos anos 1960, recebendo o nome de ... Camper.


Desde então, a própria VW tem produzido modelos herdeiros da velha Kombi que, em associação a empresas de conversão ou de forma independente, são transformados em "veículos de recreio e turismo".


Recentemente, a marca alemã divulgou imagens do mais recente conceito para essas versões (abaixo), a Californa Camper, criada com foco no mercado norte-americano – onde, aliás, a antiga Kombi se consolidou como uma opção descolada para o lazer da família.





Outro clássico são as transformações feitas pela inglesa Dormobile https://dormobile.co.uk/>, desde os anos 1950 (abaixo). Na Inglaterra, aliás, esse tipo de veículo é, desde então, muito popular entre os veranistas - e, infelizmente, hoje também servem de lar itinerante para alguns dos que não conseguem mais pagar por um apartamento ou casa nas inflacionadíssimas cidades inglesas.




No Brasil


Embora ainda sejam comparativamente pouco vendidos aqui no Brasil, as camper vans estão no portfólio de algumas empresas convertedoras – que produzem, também, módulos habitáveis acopláveis na caçamba de picapes, trailers e motorhomes. As longas distâncias a percorrer, por estradas nem sempre em bom estado, a falta de segurança e a pouca disponibilidade de locais para se estacionar/hospedar com esses veículos em nosso país estão entre os comentários que mais ouço para justificar sua baixa aceitação. Uma pena.

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