Que tal o Peugeot 208 GT Hybrid? (Com uma palinha do 2008 também)
- Henrique Koifman
- há 2 horas
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Por Henrique Koifman – fotos de divulgação
Como comentei na semana passada, acompanhei os lançamentos de novas opções de modelos do grupo Stellantis. No post anterior, comentei os da marca Citroën. Hoje, falo da Peugeot, que apresentou a linha 2026 de seus atuais modelos 208 e 2008 – com destaque para as versões topo de linha GT, que agora passam a contar com um sistema híbrido leve. Trato mais profundamente de um deles, o hatch compacto 208 neste vídeo da TV Rebimboca (abaixo), no qual você vai poder conferir tanto a aparência e os “predicados” do carro, como também um pouco de seu desempenho, em um curto test-drive.
Vale dizer que nem o 208 nem seu irmão SUV 2008 sofreram alterações significativas em sua aparência e recursos em relação aos modelos 2025. A grande novidade é mesmo o pacote híbrido, o mesmo que a Stellantis – grupo a que a marca pertence, junto com Citroën, Fiat, Ram, Jeep e outras – já embarcava, desde o ano passado, nos SUVs Pulse e Fastback, da Fiat.

Um sistema desenvolvido aqui no Brasil, sob os auspícios do programa governamental Mover, e que tem como principal objetivo, segundo seu site oficial, “melhorar a qualidade dos automóveis por meio de tecnologia, inovação e eficiência energética”. Neste caso, podemos dizer que esses híbridos leves são uma espécie de primeiro passo em direção à transição energética de nossos carros.
Um passo ainda um pouco tímido – afinal, na ponta do lápis, ele proporciona a esses novos carros uma economia de combustível (e redução de emissões) de até 10% em relação às versões anteriores, que só contavam com o tradicional motor flex a explosão, segundo medições do INMETRO. Mas também um passo importante – como são todos os primeiros passos, não raro, os mais difíceis de se dar, em qualquer direção.

Mas vamos a um resumo sobre esses dois carros: seu motor a combustão é o T200, que é um 1.0 turbo flex de três cilindros e 12 válvulas (quatro por cilindro), que gera até cento e trinta cavalos de potência e pouquinho mais de 20 kgfm de torque. E ele funciona acoplado a um câmbio automático do tipo CVT, continuamente variável, que simula sete marchas.

Nesse arranjo híbrido, esse motor turbo é “ajudado” por um outro pequeno motor elétrico, que entra no lugar dos tradicionais arranque e alternador e que atua principalmente nas arrancadas e retomadas de velocidade. Ele é alimentado por uma pequena bateria de íons de lítio, de 12 volts, que fica instalada no assoalho do carro, sob o banco do motorista. É alimentado, mas também alimenta, a mesma bateria, recuperando a energia em reduções e nos próprios giros do motor.

Se não parece ser assim tão sofisticado, esse sistema tem entre outras vantagens a de pesar pouco – são apenas 30 kg a mais em comparação com os carros sem isso – e também a de não encarecer significativamente o modelo. Segundo a Peugeot, em comparação aos 208 e 2008 ano 2025, esses GT 2026 custam apenas R$ 2 mil a mais – nada que destoe muito das atualizações de preço a que estamos acostumados nas mudanças de ano-modelo.

Como digo no vídeo, acho o Peugeot 208 com essa mecânica T200 o hatch compacto mais prazeroso de guiar em sua categoria – a B, segundo degrau do segmento. Embora não seja propriamente um esportivo, ele traz vários ingredientes nesse sentido, a começar pela posição de dirigir (que pode ser bem baixa, junto ao chão) e pela disposição e estilo dos instrumentos e volante. Coisa rara nesses nossos tempos de SUVmania.

Vá lá que os bancos, embora bonitos e de boa qualidade, não sejam muito envolventes, que o império dos plásticos mantenha o seu ataque em todas as partes e que o espaço interno – falo especificamente do dedicado aos passageiros de trás – não seja lá muito generoso (para usar um eufemismo). Mas, de resto, tudo é bem caprichado, tem recursos de assistência ao motorista, boa conectividade e até um teto panorâmico. Esse 208 GT Hybrid custa R$ 127 mil (ou dez reais a menos que isso).

Mas se o espaço atrás é importante e é justamente o que você procura, o mano SUV 2008 é uma boa escolha. Na versão GT, tem exatamente a mesma mecânica híbrida, painel de instrumentos e recursos, seu teto solar abre (ao contrário do que ocorre no 208) e, nele, uma família de quatro adultos viaja confortável.

Não é tão divertido de guiar quanto o hatch, pois pesa mais, é mais alto e… bom, é um SUV. Mas anda bem, é econômico e, para o meu gosto, tem também uma ótima – e original – aparência. Custa nesta versão cerca de R$ 167 mil, preço competitivo em seu segmento, especialmente levando em conta seu pacote de recursos e, agora, a propulsão híbrida.

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