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Renault apresenta Kardian (e mostra o Niagara) no Rio

SUV compacto urbano é o primeiro de oito novos modelos que a marca francesa promete lançar até 2027. Conceito de picape média de estilo aventureiro também foi revelado na ocasião.


Por Henrique Koifman





A combinação foi bem literal até: a Renault escolheu o Museu do Amanhã, cartão postal contemporâneo no Centro do Rio, com vista para o mar, para lançar mundialmente seu mais novo modelo, o SUV Kardian (ao lado). O carro, que será produzido aqui no Brasil, só deve chegar às lojas mesmo em março do próximo ano, mas teve sua apresentação um pouco adiantada para servir como “gancho” para a divulgação do “International Game Plan 2027”. Parte do plano estratégico “Renaultlution”, ele prevê que a montadora vá investir 3 bilhões de euros (impressionantes 15,86 bilhões de reais) no lançamento de oito novos modelos nos próximos quatro anos, todos eles com foco nos mercados fora da Europa. Além do Kardian, que inaugura esse pacote, a Renault exibiu no mesmo evento o Niagara Concept, um estiloso conceito (ainda não funcional) de picape cabine dupla de porte médio (acima) que aponta alguns detalhes estéticos que devem aparecer nessa nova geração de modelos.


Confira o evento de lançamento e mais detalhes sobre o Kardian e os futuros modelos neste vídeo da TV Rebimboca:



Novos modelos, novas plataformas



Para o Kardian, a Renault projetou uma nova plataforma modular, que segundo o vice-presidente de Performance de Produto, Bruno Vanel, “é extremamente flexível e adaptada a diferentes fontes de energia, destinada a quatro regiões diferentes: América Latina, Norte da África, Turquia e Índia”.

E do pacote de oito lançamentos para os próximos anos fazem parte ainda há cinco veículos dos segmentos C e D, mais caros – e que, segundo o executivo, podem proporcionar uma margem de lucro mais alta para a empresa.



A ambição da Renault, diz o VP, é grande: “duplicar o preço líquido por veículo vendido fora da Europa, em comparação com 2019.” Além disso, a pretensão é de que, também até 2027, um em cada três veículos vendidos pela montadora francesa fora da Europa seja híbrido ou elétrico.



E, para os novos modelos para os segmentos D e E – que serão produzidos na Coreia – foi criada outra nova plataforma, chamada Compact Modular Architecture (CMA), em parceria com a chinesa Gelly (dona da sueca Volvo).



E como é o Renault Kardian?





Escolhido para inaugurar esse novo pacote global (ou semiglobal) da Renault, o Kardian (acima) mira em um dos segmentos de maior demanda aqui no Brasil – e em boa parte do mercado lá fora, também –, o dos SUVs urbanos compactos. No evento de lançamento – a despeito da “concorrência” de muitas dezenas de outros jornalistas, de toda a América do Sul, pude dar uma boa olhada no carro, por dentro e por fora.



Olhando para essas fotos dele aqui no post, aliás, você já deve ter reparado que ele é, na prática, um sucessor do atual Renault Stepway, que nasceu como uma derivação do modelo romeno Dacia Sandero. Tanto em porte, quanto em proporções. E, não por acaso, ele tem muito em comum com a nova geração europeia do mesmo Stepway (foto ao lado, com o nome que será vendido na Índia), recentemente apresentada por lá.



Mas seu projeto específico foi desenvolvido por um time que incluiu técnicos franceses e brasileiros e, vale dizer, não é “exatamente o mesmo”. A começar por muitos dos detalhes estéticos, recursos e acessórios. Na frente, por exemplo, aparece a nova identidade global da marca, que traz o logo “Nouvel’R” e uma assinatura luminosa inédita.



É claro que, para fazer essa revelação no Rio, a Renault usou exemplares da versão mais completa do carro, uma série especial “first edition” (primeira edição), com tudo o que poderá ser embarcado no Kardian. E o pacote é bem caprichado, contendo belas rodas aro 17”, faróis, setas e DLR (luz diurna) em LED.


E, por dentro, chama a atenção o console central alto, com uma alavanca de câmbio (automático de dupla embreagem e seis marchas) do tipo joystick, que a Renault batizou de e-shifter, e o freio de mão de acionamento elétrico. Uma curiosidade é que o “P” do câmbio, usado quando se para o carro, é acionado por uma tecla à parte, logo abaixo do tal joystick.




Os bancos dianteiros são bem bacanas, em estilo esportivo e envolvente, forrados em tecido agradável com costuras em vermelho. E, pelo que pude perceber em uma rápida sentada ao volante, a posição de dirigir é boa. Os painéis dianteiros têm partes forradas com material emborrachado, mas mesmo os segmentos duros têm boa aparência e são agradáveis ao contato. Todos os botões de comandos têm também um bom aspecto, bem melhor que o da “família Sandero” até aqui. E há espelhos atrás dos para-sóis, com iluminação e tudo.


Destoa um pouco o porta-luvas, que me pareceu construído em um material um pouco mais fino e tem acesso algo incômodo. Por outro lado, o painel de instrumentos é bem bacana, digital (são 7” de tela) e a central de multimídia (8”), em estilo contemporâneo, pelo pouco que pude acionar, parece bem intuitiva de fácil visualização.


No banco de trás, me lembrei do atual Stepway, pela simplicidade geral. O espaço é muito bom para mais dois passageiros – são pouco mais de 2,6 m de entre-eixos – e mesmo um terceiro, se não for muito corpulento, consegue viajar ali sem pedir arrego precocemente. E, no porta-malas, cabem bons 410 litros de bagagens. O carro tem 4,12 m de comprimento, 1,75 m de largura e 1,54 m de altura.


Tecnologia e propulsão no Kardian


A Renault embarcou no Kardian – ou, pelo menos, nesta sua versão mais cara (e ainda sem preço divulgado) toa uma coleção de recursos tecnológicos, que vão de efeitos estéticos – como oito opções de combinações de cores e intensidades para a iluminação interna – a 13 sistemas de assistência ao motorista, como alerta e frenagem ativa de emergência, câmera com multivisão, piloto automático adaptativo e alerta de ponto cego.

E, sob o capô, o Kardian estreia aqui no Brasil (e na América do Sul) um novo e moderno motor, que deverá também equipar outros futuros (e mesmo atuais) modelos da marca. Ele é flex, tem três cilindros, 1.0 litros, é turbinado e tem injeção direta de combustível, gerando até 125 cv de potência e 22,4 kgfm de torque – o que o coloca um pouquinho à frente das versões mais em conta e intermediárias de seus futuros concorrentes mais próximos, como o VW Nivus (e mesmo o T-Cross) e o Fiat Pulse, ambos com torque ligeiramente inferior.


Como comentei, a Renault já começou a produzir o Kardian aqui no Brasil, em sua fábrica no Paraná. E, mais tarde, pretende também montá-lo no Marrocos. A marca vem retirando de linha alguns modelos e versões e, imagino, que para abrir espaço para o novo carro, vá fazer isso com outros. Um deles certamente (com baixíssima margem de erro de minha parte) é o também SUV Captur, que nunca atingiu números expressivos de vendas por aqui.


Outro deve ser o atual Stepway nacional. Difícil crer que valha muito a pena para a Renault mantê-lo numa versão de entrada, ainda que com preço extremamente competitivo. Até porque a evolução dele para o Kardian é gigantesca.

E como anda o Renault Kardian?


Ah, essa é uma resposta que, infelizmente, não tenho como dar agora. Mas espero poder fazê-lo aqui no blog assim que o modelo entrar efetivamente em linha e a Renault destinar alguns de seus exemplares para a nossa avaliação.

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