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O Chevrolet Tracker Midnight 2024 vale a pena?


Opção intermediária do SUV compacto tem visual caprichado, mas custa apenas R$ 2.240 menos que a versão LTZ, mais equipada.


Texto e fotos de Henrique Koifman





Considero o Chevrolet Tracker, hoje, um dos melhores SUVs compactos do mercado. Nem tanto por uma ou outra característica específica, mas sim pelo seu conjunto. É um carro espaçoso, confortável, bem construído e acabado e, mesmo em suas versões menos potentes – como a de que tratamos neste post – anda suficientemente bem para dar conta de todas as situações normais de uso para um modelo desse tipo, e é gostoso de dirigir. E digo isso depois de ter guiado, desde seu lançamento, em 2020, todas as suas versões, o que implica em uns pelo menos cinco carros diferentes nesses últimos anos.





Em minha experiência mais recente, foram mais de 550 km com esse Tracker Midnight 2024 que faz pose nas fotos, incluindo uma viagem no feriado, com ruas, rodovias, estradas menores e uma serra íngreme e sinuosa pelo caminho. E, já na região do destino (São Pedro da Serra, no Estado do Rio), acabei guiando até uns quilômetros em estrada de terra. Um contexto bem variado, sem dúvida.



Midnight é um intermediário cheio de estilo


Com mencionei, o Tracker Midnight é uma versão intermediária incrementada desse SUV compacto da Chevrolet. Incrementada mais em termos estéticos, como detalhes em preto brilhante e acabamentos personalizados, numa espécie de tuning leve de fábrica, que de qualquer outra coisa. Se este blog tratasse de moda, poderíamos, quem sabe, chamá-la de versão “pretinho básico chique”. Ela vem equipado com o mesmo motor 1.0 turbo flex de três cilindros, até 116 cv de potência e 16 kgfm de torque com que a Chevrolet equipa o hatch compacto Onix e o sedã da linha, o Onix Plus.



É um pouco menos potente que as versões mais caras desse SUV e que vêm com um motor, também de três cilindros, mas de 1.2 litros, de até 133 cv e 21 kgfm. Ainda assim, como acontece com os propulsores turbinados mais modernos, ele mostra uma boa disposição já em baixas rotações, sem que você precise acelerar muito. Força suficiente para subir com desenvoltura a serra, entre Casemiro de Abreu e Lumiar (estado do Rio), com cinco adultos e bagagens para uma semana (cabem 393 litros no porta-malas) tranquilamente instalados a bordo.





Como já comentei em matérias anteriores, o Tracker é um daqueles SUVs que “nem parece um SUV”. Isso porque não é tão alto a ponto de isso influenciar a estabilidade, mesmo nas freadas e curvas mais fortes, e se comporta na prática como um hatch de porte médio. É macio, mas bem estável, não inclinando demais nem passando aquela sensação de transferência de peso que é comum nesse tipo de modelo mais alto.





Por outro lado, mesmo não sendo lá tão alto do chão (são 15,7 cm), passei com ele pelas estradinhas de terra cheias de buracos e de pedras, também com cinco a bordo, sem raspar nada. Isso andando com cuidado e devagar, é claro. E mesmo com tração apenas na dianteira e pneus para asfalto (215/55 R17, montados em rodas de liga leve), subi ladeiras bem íngremes na chuva – incluindo uma com calçamento de pedra particularmente escorregadia e irregular, vencida quase sem derrapar, graças ao bom controle de tração.






Minha medição de consumo também foi bem variada


Até a chegada a São Pedro da Serra, juntando os dias em que circulei pelo trânsito do Rio aos trajetos em estradas e a subida da Serra Mar, pelo computador de bordo do Tracker, medi médias que foram de 10 km/litro na cidade até 16 km/litro em rodovia plana com velocidade constante em torno de 100 km/h. Sempre com gasolina, a média geral ficava perto dos 13 km/litro.





Só que, ao reabastecer o carro em Lumiar, no único posto da região, só havia etanol. Como ainda restava mais de ¼ de tanque de gasolina, usando esse “coquetel” de teor ou proporções desconhecidas, resolvi abandonar minha medição dali em diante.


Segundo o Inmetro, o consumo dessa Midnight com gasolina é de 11,2 km/l na cidade e 13,8 km/l na estrada – e 7,8 km/l e 9,6 km/l, respectivamente, com etanol





O que é que o Tracker Midnight tem – e o que ele não tem?


Como mencionei lá em cima, a Midnight – que custa hoje R$ 148.490 – é uma versão intermediária da Tracker e, na tabela no site da Chevrolet, fica entre a LT (de R$ 138.040) e a LTZ (R$ 150.730). Em comum, as três trazem o mesmíssimo (bom) conjunto de motor e câmbio e um bom pacote de série de itens de conforto – que inclui coisas como central multimídia com conexão para a internet via wi-fi para os passageiros, boa conectividade para smartfones etc. – e um pouco mais que o básico e o obrigatório em termos de segurança. Ali estão seis air-bags, alerta de colisão frontal e todos os controles de tração e estabilidade e de partida em rampa que a legislação agora exige.





Mas, se em termos visuais essa Midnight se destaca das demais pela combinação bacana e original de materiais e desenho e acabamentos exclusivos para rodas e grade dianteira, perde da LTZ em bons itens de segurança – precisamente pela falta dos alertas de ponto cego e de colisão frontal, da frenagem autônoma de emergência em baixas velocidades e do indicador de distância para o veículo à frente, presentes na irmão logo acima na tabela. Acima por apenas R$ 2.240, o que, convenhamos, é uma quantia que não vale a pena economizar quando o assunto é segurança.





Daí que, apesar de gostar muito do tratamento estético dado a essa versão Midnight, se eu fosse comprar um Chevrolet Tracker – e, repito, acho esse modelo um dos melhores em seu segmento –, optaria pela mais careta, mas mais bem equipada, LTZ.


Os preços da linha Tracker (site da Chevrolet em 22.3.2024)


AT turbo 116cv - R$ 119.900

LT AT Turbo 116 cv - R$ 138.040

Midnight Turbo 116 cv - R$ 148.490

LTZ Turbo 116 cv - R$ 150.730

RS AT Turbo 133cv - R$ 167.110

Premier Turbo 133 cv – 170.140





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