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O que a RS, a Chevrolet Montana em traje esporte, tem de diferente?

Texto e fotos de Henrique Koifman


Nas fotos deste post, o mais recente lançamento da Chevrolet: a versão RS 2024 da picape compacta média Montana, com a qual passei uma semana para avaliação. Como os leitores mais assíduos devem se lembrar, não faz muito tempo (foi em abril passado, para ser exato) postei aqui uma matéria bem extensa e completa sobre este utilitário, naquela ocasião, em sua versão Premier – que, àquela altura, era a topo de linha do modelo. A RS tirou-lhe essa primazia, mas o que será que ela traz a mais para isso?



Bom, se você espera ler agora uma longa lista de itens e considerações, sinto decepcionar. As diferenças entre a Premier e a RS são bem poucas. E quase todas elas meramente visuais – não que isso seja lá algum problema. Na linha Chevrolet, hoje, essas duas letrinhas – que originalmente significavam “Rallye Sport”, batizando uma opção apimentada para já esportivo Camaro, lá no final dos anos 1960 – poderiam ser traduzidas para “retoque esportivo” e nomeiam versões de visual “esportivado” de modelos de seu cardápio. Nenhuma delas com nada que as faça andar mais rápido – para ser simples e direto.



A receita, já aplicada no Onix, na Tracker e no Equinox – e ainda no recém-finado Cruze – é mais ou menos a mesma: acessórios e acabamentos em preto e vermelho, revestimento interno diferenciado, logomarca RS, em vermelho, na grade dianteira… E, ao menos para o meu gosto, é bem simpática, agregando (com o perdão do jargão) uma série de detalhes que, muitas vezes, estariam na lista de acessórios avulsos que gente que curte esse estilo pagaria a mais, fora das concessionárias da marca, para colocar em seu carro.



E, em termos de mecânica… nada. Nenhuma diferença em relação às demais versões. Engodo? Como já escrevi em outros posts, não acho. Não há sequer uma insinuação de melhor performance em relação a esses carros por parte da marca ou revendedores. O marketing é todo construído sobre o estilo, mesmo, e é esta exatamente essa a proposta.




Mas, enquanto nesses outros modelos Chevrolet que mencionei aí em cima essas versões RS são intermediárias, no caso da Montana, ela chegou como a mais cara – custa R$ 151.890 (valor sugerido em julho de 2023). Daí trazer todos os equipamentos de série que a irmã, Premier, oferece. Não vou enumerar todos aqui, novamente, nem falar novamente de desempenho ou espaço interno. Sugiro que você dê uma olhadinha no vídeo abaixo e nos posts do nosso teste anterior nestes links:





Mas o que a Montana RS tem, afinal?


Quanto às diferenças, entre elas, eis aqui as novidades da nova versão. Primeiro, as externas:


O logotipo da Chevrolet aparece na cor preta;


O rack do teto é pintado em black piano e santo Antônio tem um design exclusivo (ficou com “jeito de aerofólio”, curti);



Como na Premier as rodas de liga leve de 17 polegadas são totalmente escurecidas (na foto, no carro vermelho), na RS, elas são escurecidas e diamantadas (em tom claro). Ok, mas acho que a melhor combinação seria justamente a contrária: rodas todas escuras na RS, em dois tons na Premier (fica a sugestão);


A grade frontal tem um design também exclusivo, com trama em forma de colmeia, e traz a “assinatura” RS em vermelho e os espelhos retrovisores externos são pintados na cor preta.



Por dentro, os bancos têm revestimento “premium”, combinando diferentes materiais e texturas, entre couro e

tecidos, com costuras em vermelho. E há vários detalhes – como as saídas de ventilação e partes de painéis e acabamentos em preto brilhante, cor também conhecida por Black Piano.




Apesar de vistosos, esses detalhes não são assim tãããããoooo gritantes. Tanto que, em seu site, a própria Chevrolet resolveu criar uma interessante “ferramenta de comparação visual”, com a qual você consegue distinguir um pouco mais facilmente as diferenças entre esta nova RS e outra versão da Montana, a Premier. Veja aqui se você vence esse quase jogo dos sete erros (https://tinyurl.com/98akwmnf) .




Conclusão:



A Montana RS custa exatos R$ 3 mil reais a mais que a versão Premier (que sai por R$ 148.890). Na ponta do lápis, todos os seus itens exclusivos “esportivos” provavelmente custariam um pouco mais do que isso se fossem adquiridos de forma avulsa e dificilmente se encaixariam com tanta harmonia ao desenho original do carro. E, pensando assim, passa a ser uma opção interessante para quem curte esse estilo.


Por outro lado, fora o visual, esse “pacote RS” não traz nada que vá realmente dar maior praticidade, conforto ou qualquer outra vantagem a já boa Montana – um dos utilitários mais confortáveis e bem-resolvidos do mercado. Pensando racionalmente, é melhor guardar esses R$ 3 mil a mais para gastar em combustível.





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